Parte da arrecadação do festival será destinada aos atingidos pelas enchentes no Vale do Taquari, no início de setembro.

O festival de música sertaneja trouxe à capital gaúcha os artistas Gustavo Mioto, Eduardo Costa e Simone Mendes. A chuva, que era intermitente desde a madrugada, parou exatamente quando o primeiro show, de Gustavo Mioto, começou, por volta das 15h. Três caminhões se enchiam com as doações entregues por quem comprou ingresso solidário. Pacotes de arroz, feijão, açúcar, farinha e massa, entre outros produtos, passaram pelas mãos de cerca de 80 voluntários do Lions Clubs, responsáveis por receber, organizar e transportar os donativos.

— São 10 clubes do Lions, especialmente do Vale do Caí — explicou o responsável Gilvane Daloglio.

Vendedores ambulantes aproveitaram para comercializar pacotes de alimentos, cobrando de R$ 10 a R$ 20, elemento indispensável para acessar o estádio pagando mais barato. Apesar do grande número de público, não foram registrados problemas com trânsito ou entrada no local.

O segundo artista a subir ao palco foi Eduardo Costa, que mesclou seus sucessos, como Separação, com clássicos da música gaúcha, como Querência Amada, de Teixeirinha. Envolto na bandeira do Rio Grande do Sul, o cantor exaltou o público diversas vezes.

— Quando comecei a fazer sucesso, meu sonho era tocar aqui — revelou.

Enquanto isso, os fãs de sertanejo não paravam de chegar. Alguns com chapéu de caubói, outros com camisetas estampadas com seus ídolos, a maioria parecia ter ensaiado a entrada no estádio: com celulares nas mãos, selfies do palco eram praticamente inevitáveis. É o caso das amigas Júlia Mattei, 23 anos, e Mariana Cardoso, 27. Também pudera, se tratava de um momento especial para elas.

— Viemos sozinhas de ônibus de Constantina (norte gaúcho). Saímos à meia-noite de casa, só para ver o Embaixador — contaram, quase em uníssono as fãs de Gusttavo Lima.

Na sequência foi a vez de Simone Mendes entoar hits da carreira solo e de sua parceria com a irmã Simaria, encerrada recentemente.

— Queria muito ver a Simone cantando. Ela é um símbolo para mim, de artista, de mãe e de mulher — destacou Lúcia Andrade, 52 anos, abraçada ao marido Augusto, 55.

Quando os primeiros acordes do dono da festa soaram, no início da noite, o público já sabia que estava pronto para o tche-tche-re-tchê de Gusttavo Lima e o clima do Buteco estava formado.

(Via: GZH)